O movimento Pop Art

O movimento pop art, surgiu na década de 50 e 60 nos Estados Unidos e na Inglaterra. O movimento estava diretamente ligado aos acontecimentos da época, quando o consumo se fez presente na sociedade. A pop art se opunha ao expressionismo abstrato que dominava o cenário artístico desde o final da Segunda Guerra Mundial.

Surgiu com o Grupo Independente na Inglaterra. Este grupo discutia as barreiras entre as artes visuais e a cultura de massa. O termo "pop art" foi criado e usado pela primeira vez por um crítico de arte, Lawrence Alloway.

Alguns artistas do movimento, se inspiraram em obras dadaístas, mas acima de tudo, criticavam a cultura produzida em massa, o consumismo e a publicidade excessiva. Os principais artistas do movimento foram: Andy Warhol, Roy Linchtenstein, Jasper Johns, Richard Hamilton, entre outros.

Na visão de Richard Hamilton, a arte que estava surgindo era caracterizada por ser "popular, transitória, descartável, barata, produzida em massa, jovem, espirituosa, sexy, glamourosa e muito lucrativa". Vale lembrar que o mesmo produziu uma das primeiras colagens da Pop Art, a chamada “O que torna as casas de hoje, tão diferentes, tão atraentes?” em 1956.

"O que torna as casas de hoje tão diferentes, tão atraentes?" de Richard Hamilton, 1956

Ao que parece, a obra contém todos os elementos da cultura de massa e o artista se baseou na história de Adão e Eva e seu Jardim do Éden é um verdadeiro paraíso do consumo.

Porém, 9 anos antes, Eduardo Paolozzi, plantou a semente da Pop Art ao criar um de seus mais famosos trabalhos “Eu era o brinquedo de um ricaço”, uma colagem com recortes de revistas onde a palavra “Pop” aparece na fumaça de uma arma.

Os artistas faziam o uso da ironia para expressarem suas críticas. Por meio de colagens, quadrinhos, ilustrações, serigrafias e outros, mostravam sua contemplação pela juventude e o momento em que estavam vivendo. Temas do cotidiano, artigos de consumo, e figuras famosas, eram os assuntos mais abordados por esses artistas e principalmente por Andy Warhol.  

A perseguição de ícones por Andy Warhol, como a criação de “Marilyns” e “Triple Elvis”, que fazia o uso da tautologia (repetição de imagens) demonstrava como Marilyn Monroe, por exemplo, se tornou um “produto” da sociedade.